Tal como
aconteceu na semana passada, o tempo ultimamente tem estado demasiado
tristonho. Ora chove, ora ameaça chover, pouco se tem visto o sol mas isso não
impede ninguém de sair de casa e ter um dia diferente.
Uma longa caminha
esperava-nos e tantas outras coisas belas que encontrávamos pelo caminho.
Reencontramos as nossas amigas ovelhas que são as mais privilegiadas que eu
alguma vez conheci pelo facto de poderem apreciar cada segundo desta vista
única para o rio Tejo. O céu dá uma cor acinzentada ao rio que acaba por
combinar com os tons da lã das ovelhas. Tudo combina numa certa harmonia.
Os ramos das árvores
ainda continuam despidos, algumas plantas estão secas, com um tom acastanhado,
mas não importa, têm também uma certa beleza.
Ovem-se patos,
estão a nadar no rio. Mais adiante outra espécie pousada numa pedra com as asas
abertas contra o pouco sol que existe. Parecia que estava a dançar, ou estaria
mesmo? É sempre entusiasmante sentarmo-nos por um pouco á beira-rio e
encontrarmos toda esta diversidade de vida, juntamente com um fraco por do sol
que vai dando um pouco mais de cor ás águas do rio.
Encontramos uma
velha carrinha, que uma grande história terá por trás. O seu estado não parece
fazer sentido com a perfeição do espaço onde se encontra. Como aqui veio parar,
não faço a mínima ideia, mas dá um certo ar sombrio e misterioso ao ambiente,
de que não sou nada contra. Juntamente com frio que já se faz sentir e com a
chuva a ameaçar, embrulhamo-nos em mantas e cachecóis e continuamos a nossa
pequena viagem.
E tira-se fotos,
conversa-se, sentimos a leve brisa fresca na cara, o som do rio a correr e a
inspiração a aparecer. É impossível não sentir uma certa nostalgia ao abandonar
todo este mágico lugar. Parece que por momentos estivemos noutro planeta,
completamente separados da vida real. Mas nada disto foi um sonho, foi apenas
uma escapatória.
Aproveitem o fim de semana, se o tempo deixar ;)